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Aprender a desenvolver o equilíbrio, a intensidade adequada a cada situação, torna-te mais eficaz nas tuas interações!

 

 

 

Quantas vezes aconteceu acabares de falar e imediatamente te arrependeres do que acabaste de dizer? Quantas vezes já foste prejudicado/a por não conseguires dizer apenas o que tinhas planeado?

 

Assuntos delicados ou difíceis mexem com as nossas emoções. E estas normalmente são um entrave à sabedoria e ao bom senso. Quando as nossas emoções se tornam muito fortes, o mais comum é falarmos de forma exagerada, dizendo coisas que não sentimos, coisas que nem sequer são verdade.

 

Planeia o quê e como

É importante planeares não só aquilo que vais dizer mas também a forma como o vais fazer.

“E isso não tornará a conversa demasiado artificial?” Recentemente um pai colocou-me essa questão.  Mas pouco antes esse mesmo pai tinha comentado que, quando a discussão com o filho adolescente “aquece”, ele acaba por dizer muitas coisas que na realidade não sente, que contribuem para danificar ainda mais o relacionamento entre eles, e das quais depois se arrepende.

Este é um tipo de situação que eu encontro com frequência principalmente no meio familiar, entre o casal ou entre pais e filhos. As emoções assumem o controlo e a forma como se lida com a situação acaba por criar um problema muito mais grave do que o problema inicial.

 

Mantém a conversa curta e objectiva

Quando o assunto é delicado, é mais sensato não ter uma conversa muito longa. É preferível terminar a conversa antes que as emoções se sobreponham ao bom senso. As palavras que forem ditas não podem ser retiradas. Assim, é preferível essa conversa ter um tempo definido e não muito prolongado.

A informação passada deve ser clara e objectiva e, se possível, basear-se principalmente nos factos. O foco deve estar na mudança da situação ou na resolução do problema e não em quem tem a culpa. Culpa só serve para bloquear a comunicação e impedir a resolução.

 

Usa a leveza para alcançar a profundidade

Uma forma de comunicação mais leve, tem mais probabilidade de obter o efeito desejado. É preferível começares por falar de forma mais suave, deixando claro o que precisa de mudar mas sem fazer isso num ambiente de guerra ou acusação. Este tipo de abordagem, respeitosa e aberta, torna mais fácil uma resolução pacífica e uma mudança dos aspectos em que isso é necessário. No entanto, é importante não confundir abordagem suave com moleza ou permissividade. Apesar do ambiente respeitoso e não ameaçador, é indispensável que sejam claramente abordados os aspectos necessários.

Mas em muitas situações (e com muitas pessoas) este tipo de abordagem não resulta. Nesses casos precisas de desenvolver formas mais incisivas sem, no entanto, te deixares arrastar para uma interação de desrespeito e agressão mútua. Quando te permites entrar nesse tipo de “jogo” perdes a razão (mesmo que antes a tivesses) e será pouco provável conseguires resolver a situação de uma forma positiva e satisfatória.

 

Dá tempo a que o assunto “amadureça”

Assuntos delicados e conflituosos não devem ser resolvidos sob pressão ou à pressa. Por vezes pode ser útil dar um tempo para que a(s) outra(s) pessoa(s) possa pensar sobre o assunto com a cabeça fria. Quando é algo que sabes que vai ser difícil o outro aceitar ou mudar, procura falar sem o tentares obrigar a aceitar o teu ponto de vista. Se é algo importante, não lhe peças que decida no momento. Explica claramente a tua ideia e dá um tempo (curto e definido) para que ele a possa “digerir” e entender.

 

Assertividade não é descontrolo nem dureza. É a habilidade de falar com a intensidade necessária em cada situação. Pouca intensidade leva à não mudança e à continuação ou agravamento do problema. Mas intensidade em excesso leva a que o outro se feche, se coloque à defesa e se recuse a colaborar na resolução.

Aprender a desenvolver o equilíbrio entre esses extremos irá tornar as tuas interações mais eficazes; irá levar a uma mudança radical nos teus relacionamentos e na tua performance. Esta é uma das principais áreas de intervenção do LisboaCounselling. Se desejas desenvolver novas competências de comunicação e assertividade, contacta-nos.

 

No próximo artigo vou falar um pouco mais acerca de como lidar com pessoas “difíceis”.

Fica atento.