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As nossas emoções estão directamente ligadas a um bom equilíbrio nos níveis de determinados químicos que existem no nosso organismo. E talvez as emoções sejam mesmo aquilo que leva a um maior consumo de químicos de laboratório, desde antidepressivos, ansiolíticos, calmantes, etc.

 

Porque tem aumentado tanto o consumo de químicos?

A recorrência aos químicos, principalmente antidepressivos, está tão banalizada hoje em dia, que muitas vezes essa é a primeira estratégia a que a pessoa recorre quando se sente mais em baixo.

Na nossa sociedade de hoje, há um grande foco no “eu” e na necessidade de encontrar a felicidade. Ser feliz é positivo! É algo que todos nós devemos buscar. No entanto, quando acreditamos que ser feliz significa as coisas correrem como nós queremos, isso vai aumentar a nossa vulnerabilidade e na prática acaba por reduzir a nossa capacidade para nos sentirmos felizes e realizados. Então, perante o vazio interior, a solução que parece mais óbvia é recorrer aos químicos.

 

Químicos e emoções

Alguns químicos determinam aquilo que sentimos. Por exemplo, a adrenalina ajuda-nos a sentir muito em cima, cheios de força e de coragem.

As endorfinas e os chamados químicos feel-good, aumentam a nossa capacidade de nos sentirmos bem, de nós sentirmos felizes; aumentam a nossa tendência para ver os aspectos positivos, o copo meio cheio. Por outro lado, quando os níveis destes químicos estão mais baixos, a nossa tendência natural é para vermos tudo negro, sem esperança; para vermos o copo meio vazio, os aspectos mais negativos, e para irmos permanecendo nessa espiral descendente que facilmente acaba por levar à depressão.

 

“Produção” de químicos

O nosso corpo foi criado com a capacidade de produzir os elementos químicos de que precisamos. Há determinadas actividades que estimulam a produção de determinados químicos. Por exemplo, uma situação de grande risco, estimula a produção de grandes quantidades de adrenalina. No entanto, com as mudanças no nosso estilo de vida, principalmente ao longo das últimas décadas, associadas a uma crescente facilidade em adquirir e ingerir os químicos que se deseje, levou a que o nosso organismo se desabituasse de produzir os elementos de que precisa. E com o tempo, o nosso corpo já quase se “esqueceu” de como isso se faz.

 

Depressão crónica?

Uma vez que as pessoas não desenvolvem o seu equilíbrio químico de forma natural, procuram obtê-lo através de medicação. O vazio interior, a angústia, a tristeza, tornam-se mais fortes do que as pessoas conseguem suportar, e elas acabam por entrar no único caminho que conhecem — o da medicação. No entanto, o papel dos antidepressivos, é o de “analgésico” emocional. Eles servem para apagar a dor emocional e devolver à pessoa a capacidade de se sentir bem, mas não a “curam”, não aumentam a capacidade de a pessoa passar a fazer isso por si própria. Ou seja, o antidepressivo tira (ou anestesia) a dor, mas só enquanto está a ser tomado. Por isso, muitas pessoas tomam esta medicação ao longo de anos, ou mesmo durante toda a sua vida. Mas a razão para o fazerem, não é a depressão ser uma doença crónica, mas os antidepressivos não terem o papel de a curar.

 

É possível o corpo voltar a produzir determinados químicos, intencionalmente?

Sem dúvida! Nós temos essa capacidade natural, que pode estar muito esquecida mas que em qualquer momento pode começar a ser reactivada.

No último artigo desta série vou falar acerca de como podes estimular o teu corpo a produzir esses químicos, os teus antidepressivos naturais.