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Uma vítima de stalking é levada a viver num estado de medo permanente, que afecta seriamente a sua capacidade de visão e análise.

 

Confusão  

Uma das principais consequências é o desequilíbrio emocional e mental que se vai desenvolvendo na pessoa. Sendo levada a viver em medo permanente, esse tema acaba por ocupar a maior parte do seu “tempo de antena” mental. Por um lado, é difícil ela não pensar na pressão e perigo, porque estes são reais; mas, por outro, esta consciência a tempo inteiro acaba por ir levando a uma deformação do seu estado mental, que ela pode sentir como um “enlouquecimento progressivo”. Este medo e constante necessidade de usar de estratagemas para tentar manter-se fora das vistas e do alcance do stalker, acabam por afectar tanto a sua vida pessoal como profissional, prejudicando outros relacionamentos e mesmo o seu desempenho.

 

Difamação 

O medo de ser difamada, de que outras pessoas saibam determinadas coisas (que podem ser verdade ou não) tem um poder enorme sobre a vítima. Esse medo já faz grande parte do “trabalho”, uma vez que a principal estratégia do stalker é esse ambiente de terror constante, que deixa a sua vítima no estado mental que ele quer.

No entanto, a difamação pode acontecer, por exemplo no local de trabalho, em que vão surgindo evidências (criadas por ele) de que a vítima cometeu algum erro ou fez algo de grave ou proibido, juntamente com pequenos comentários que ele parece ir deixando escapar e que vão criando um quadro na mente dos outros, contra aquela pessoa.

A difamação também pode ser feita em outros meios, como as redes sociais. Em qualquer dos casos, ela é usada para destruir e pode ter consequências dramáticas na vida dessa pessoa, desde rompimento de outros relacionamentos, início de conflitos graves de outras pessoas contra ela, despedimento do emprego, entre outros.

 

Destruição de propriedade 

Quando o stalker está geograficamente próximo da sua vítima (por exemplo se é um colega de trabalho ou de escola) a agressão pode também atingir objectos da vítima. Isso pode tomar a forma de pequenos roubos, normalmente de coisas sem grande valor monetário mas que são muito importantes para a vítima – por exemplo o roubo de um trabalho na véspera de este ter que ser apresentado. Por vezes também há danificação de propriedade dela, como riscar o carro ou cortar o pano do chapéu de chuva. Uma das características, é que estas coisas são feitas de forma que a vítima perceba que foi o seu agressor quem fez isso. O objectivo destas acções não é ficar com o objecto dela nem simplesmente ter o gozo de lhe estragar alguma coisa, mas aumentar e manter o estado de terror em que ela vive.

Todas as suas atitudes são intencionais e têm um propósito de terror e poder.

 

Vida 

Este pode ser um risco pouco comum e nunca esperamos que venha a acontecer. No entanto, em quase todos os crimes, o testemunho das pessoas que conheciam o criminoso é que aquele acto nunca seria de esperar daquela pessoa. Muitas vezes eles são pessoas vistas como positivas, simpáticas, ajudadores. Na maioria do feedback que as pessoas conhecidas dão deles é que eles não pareciam capazes de fazer mal a alguém.

Infelizmente, a influência das filosofias destas últimas décadas, leva as pessoas a acreditarem que o ser humano tem uma natureza boa dentro de si. Então, a explicação natural para estes crimes, parece ser que “a pessoa se passou da cabeça” (sabe-se lá porquê) e que foi levada a ter aquele comportamento. Esta forma de pensar é extremamente grave, porque leva a que muitas pessoas estejam a viver uma situação de alto risco, sem terem consciência disso.

Um bully, seja qual for a forma de abuso que ele escolhe, é um criminoso. É verdade que a maioria deles não mata ninguém. Eles não estão interessados em terem que lidar com as consequências dos seus crimes. Então, provocam a maior destruição possível, sem correrem o risco de ser apanhados, sem “sujarem as mãos”. No entanto, em algumas situações, este bully pode ter uma atitude mais dramática, não porque perdeu a cabeça (eles não perdem a cabeça), mas porque o quis fazer. E perde-se a vida de uma pessoa, no fim de uma situação que poderia, e deveria, ter sido identificada e resolvida muito tempo antes.

 

Um bully, seja qual for a forma de abuso que ele use, é um criminoso e sempre deixa atrás de si um rasto de destruição e morte.

Não corras riscos!