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Um dos primeiros aspectos a ter em conta é que mobbing é crime e, portanto, uma situação de risco. O agressor, nesta situação, tem o mesmo perfil do bully. Normalmente é alguém bastante inteligente e que não quer ser apanhado. Este aspecto, apesar de ele/a ter  uma crueldade extrema, leva-o a ter algum cuidado com a forma como se expõe. Ou seja, ele provoca o máximo de destruição mas procurando que as suas táticas não sejam detetadas, o que mantém a sua acção dentro de alguns limites.

 

Quais os riscos, numa situação destas? 

O mais óbvio é a saúde e a sanidade mental. A vítima desta situação vai passando por um enorme desgaste, podendo desenvolver doenças psicossomáticas ou mesmo mentais, como depressão, esgotamento, ataques de pânico, etc.

Para além disso, muitas vezes há o risco de problemas legais, como um processo disciplinar ou mesmo despedimento. Apesar de o agressor gostar de “manter” a sua vítima, a sua pressão pode ter o objetivo de levar a pessoa a ser afastada.

 

Como agir? 

Nunca confrontes um agressor diretamente. Não tens qualquer hipótese de ganhar essa batalha. Ele é um criminoso, uma pessoa astuta e cruel, provavelmente já com muitos anos de “treino” nessas dissimuladas estratégias de agressão.

É importante perceberes a situação em que estás, conheceres as suas características e os riscos. Isso vai também ajudar a manter a tua sanidade mental, perceberes que não é culpa tua ou algum problema que tu tenhas, mas um indivíduo com características muito específicas, que ele já tinha desenvolvido muito antes de te conhecer. Tu não és responsável por essa situação.

No entanto, o teu medo aumenta o poder do teu agressor sobre ti e mesmo os possíveis riscos. Mas então, como podes estar consciente de que há um psicopata a “investir” em ti e não sentires medo? É um equilíbrio que precisas de desenvolver. A tomada de consciência, por um lado, que te permite tomar atitudes mais conscientes e planeadas mas, por outro, uma atitude relativamente leve, não aterrorizada, que é indispensável para poderes reduzir os riscos e o poder do teu agressor sobre ti. Quando és dirigido pelas emoções, estás muito mais à mercê do teu agressor.

 

Também há mulheres agressoras? Ou são sempre homens? 

Recentemente li um artigo que comentava que as mulheres estão a desenvolver uma postura muito mais autónoma, independente, e muito mais ativa (agressiva?) tanto nas relações amorosas como a nível de trabalho. Cada vez é mais comum mulheres assumirem um papel dominante na sua relação amorosa e mesmo serem elas a seduzir o seu parceiro. As situações de assédio sexual já deixaram de ser um problema apenas das mulheres. No local de trabalho, têm aumentado muito os casos em que são as mulheres as agressoras. As atitudes delas tendem a ser mais camufladas, mas podem ser muito mais destrutivas do que as dos homens. Quando o “alvo” é um homem, a situação torna-se muito delicada, pois ainda se considera vergonhoso o homem dizer que está a ser maltratado por uma mulher. Mas seja quem for o agressor, permitir que a situação continue é uma forma de reforçar essa atitude; é estar a ser cúmplice.

 

Se estás numa situação de abuso, o primeiro passo é o teu fortalecimento interior, o reestruturares-te, recuperares o teu equilíbrio e bem-estar. E, tanto quanto possível, manteres-te fora do alcance do teu agressor.

As estratégias a usar para começares a mudar a situação, devem ser planeadas com cuidado, de forma a não correres riscos.

 

No próximo artigo, vou falar do tipo de abordagem usada em counselling, para lidar com estas situações.